quinta-feira, 17 de março de 2011

Saudade.




Dentre tantos sorrisos e gargalhadas vejo em disparada a tristeza que insiste em ferir. Ferir a mente atordoada daquela mesma menina que aos seus olhos fechou ao ver a cor da morte. Aquela cor sombria e fria que insiste em te lembrar daquela dor, aquela dor que sentiu ao ver a pessoa que mais te amava se perder no calor dos seus braços e não se render ao doce dos seus beijos.

Como aquela ferida aberta que ao atormentar sua pele, pode se sentir algo como se houvesse em chamas. Um combustível no qual se torna forte ao poder das lágrimas. A persuasão incomparável da saudade que insiste em colocar na memória aqueles doces momentos.

Sinto-lhe em te dizer que seria irreparável o efeito dos mesmos e que por mais que o tempo tende a colocar boas e novas sensações em sua mente seriam impossíveis de apagar essas velhas lembranças que insistem em se manterem vivas mesmo naquele velho pedaço de papel amarelado que se encontra jogado no fundo do armário.  


Obs: Fiz esse texto em homenagem a minha mãe Rosa Maria Nasatto Marchi que faleceu em março de 2009.